Nas nuvens do nosso edredom

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Amanhã, quando eu acordar, esteja aqui na minha cama, como se nunca tivesse estado em outro lugar. Continue adormecido, deixe-me admirar seu jeitinho de bebê para dormir. Deixa eu te fazer cafuné e esfregar minha pele de seda na sua barba por fazer e, se acordar, permaneça de olhos fechados, fingindo não saber que está sendo cuidado. Dê um pulo, me assuste e me sufoque com beijos, me faça desistir da praia, do shopping, do salão às duas, para continuar aqui.

Uma hora é pouco para eu entender o que aconteceu, eu sei. Nem esses meses me fizeram compreender. Ok, eu fico. Há muita coisa para entender ou desentender de vez.

"Só precisava provar para mim mesmo que eu não sei viver sem você. E consegui. Porque, caso contrário, eu não estaria aqui. Precisava mostrar que não era apenas impressão minha que você é a mulher da minha vida e que nenhuma outra vai conseguir unir tanta pureza, sensualidade, um pouco de Lispector e Madonna, de doçura e essa pose de brava e corajosa que nem as mulheres de 30 têm. Precisava notar que garota alguma conhece a riqueza que há em Leminski, nem saberá deslizar a ponta da caneta no papel e encantar, escrever, compor, descrever, decompor um amor e recompor uma canção, como você.

 E mais que qualquer outra coisa: eu precisava saber se essa moça tão solta, tão dona de si mesma, tão leve, mesmo nascendo para ser livre, ia querer voar ao meu lado. E isso, eu descobri a cada texto dramático no blog, a cada indireta nas redes sociais e a cada música de recém solteira que você postava. Eu fiz falta, eu sei. Voa comigo, porque essa história de ter os pés no chão não está com nada."

Entender é o exercício de esperar que as coisas se expliquem. E o amor, ah o amor! Esse é inexplicável. A partir de hoje, substituo a palavra "andar" por "flutuar".

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