Pra Resumir: Praia, Passagem e Páscoa

Aqui, você acompanha como têm sido meus dias através de fotos.



 Minha Páscoa (Feliz Páscoa atrasada!) resumida em uma foto e minhas unhas descascando.


Meu bairro favorito da minha cidade natal: Passagem. Tem um ar bem retrô.



 Esses foram meus últimos dias de feriado. Hoje é feriado aqui no estado do Rio de Janeiro, ou seja, estava quase de férias. Amanhã volta tudo ao normal e, provavelmente, vocês verão fotos de cadernos, calculadora, eu dormindo em cima de livros...

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Uma razão


(Leia ao som de Just Give Me a Reason- Pink)


 Sei que, por sua doçura não me falaria isso, mas fui mais cretina que todos os homens que já critiquei na vida. Fui uma cafajeste com você e nem sei se a palavra cafajeste pode ser usada para um substantivo feminino, mas eu fui. Sei também que nenhum outro aturaria, e cheguei a gritar isso na frente do meu prédio numa noite chuvosa, quando você disse que não desistiria, que via luz nesse túnel sem fim, nesse abismo que sou.  E eu berrei. Chamei-lhe de otário e perguntei como não percebia o fato de só te procurar quando eu realmente precisava. E você respondeu que se orgulhava, porque era uma forma subliminar de demonstrar que eu vi segurança em você. Que eu via abraço certo e porto seguro.
 Confesso que, quando não estava desesperada atrás de quem me ouvisse num domingo à noite, pós-pé-na-bunda, sentia raiva de você, por ser tão bonzinho. Nunca vou esquecer o dia que me falou que, a cada vez que trocava meus beijos e minha companhia por uma noite no restaurante mais caro, eu me prostituía. E lembro também de ter respondido que, se é assim, você era o único que não pagava, porque os outros caras me levavam para lugares realmente bons e à minha altura. Desculpa. Descobri que, na verdade,  é o único que me leva para o lugar onde mais amo estar: a minha casa. Os outros me pagavam um táxi. Há também as tardes no Ibirapuera, o parque de diversões e o dia em que fui pela primeira vez na montanha russa. Agarrada no seu braço, é claro. Você me fazia vencer meus medos. Agora, estou me jogando numa queda livre, que costumam chamar de amor.
 Dê-me uma razão para ficar. Além do fato de ler meus textos e elogiá-los mesmo sabendo que não lhe escrevo nem um recado na geladeira. Além de ter subido 12 lances de escada no dia que faltou luz aqui no prédio só porque liguei dizendo que tinha pânico de escuro. Naquele dia, você me disse que todo mundo tinha vontade de dizer alguma coisa enquanto não era visto e que, já que estávamos no breu, queria dizer “eu te amo”. Eu calei. Não por ignorar, mas por consentir. Consentir que também amava e tinha vontade de dizer. Diferente dos sócios da empresa, dos pseudofamosos, dos graduados no exterior, você sabia fazer uma coisa como ninguém: respeitar o meu tempo. O tempo que demoro a me arrumar. O tempo de ficar calada. E sabia que amava tempo chuvoso. Você sempre soube de todos os meus tempos, do passado e do presente. E por falar nisso: ainda tem tempo para mim? Quer ser meu futuro? 


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Pra Resumir: Últimos meses

Aqui, você vê como tem sido minha vida através de alguns cliques.












Isso foi uma parte de tudo que me aconteceu nesses três meses sem blogar. A partir de agora, não paro mais! 








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Mimimi: Hugo Bonemer


Quem acompanhava o She's Fashionista, certamente se lembra da "Entrevista Fashionista", coluna dedicada a conhecer mais de diversos profissionais populares. A ideia não foi à frente pela minha falta de tempo e, porque, o antigo blog, era mais direcionado à Moda.
 Aqui no Dama do Drama, vamos conversar com artistas, escritores, blogueiras. A intenção é descobrir como é o ser humano por trás do profissional. O escolhido para o primeiro Mimimi é o ator Hugo Bonemer. Tive o prazer de conhecê-lo num evento em Búzios, onde tive a oportunidade de conversar com ele por menos de cinco minutos.
 No fim, percebi que Hugo tinha muito mais a me mostrar que aqueles minutos. E não é que estava certa? Numa conversa aberta e bastante sincera, espero que saia com a mesma impressão que eu: engana-se quem acha que a maior qualidade desse paranaense está no físico ou no profissional.

DDD- Você já esteve em grandes musicais no teatro, numa série, fez um filme e está em uma novela teen com ampla visibilidade. Apesar de já ter ido longe, qual é a sua maior meta de carreira daqui pra frente?

Hugo: Continuar sempre fazendo bons papéis.
DDD- Qual é a sua opinião sobre atores que têm como único (ou maior) objetivo a fama? Algo mudou em você após conquistá-la?
Hugo: Nada. O que muda é a forma como as pessoas lidam com você. A fama se estendeu para uma escala maior com a novela e torço para que seja relacionada a adjetivos positivos. Não dá pra fugir do clichê para responder a essa pergunta mas fama tem que ser consequencia e não objetivo. 
 DDD- Há vários atores que, apesar de bons, saíram da mídia e não receberam mais propostas de trabalho. Uma possível crise financeira te causa medo ou você já pode afirmar que possui estabilidade?
Hugo: Algumas profissões exigem um comportamento mais organizado, é o caso dos atores: Não posso comprar nada parcelado ou fazer qualquer programação de viagem ou férias, não sei onde vou morar no mês que vem, não vejo a minha família ou amigos de infância com frequência; E por outro lado troco de trabalho a cada semestre, faço muitos amigos, conheço cidades e bairros diferentes e vivo uma vida nova a cada personagem. 
 DDD- Te acompanho no Twitter e já o vi fazendo desafios de língua portuguesa. Nas redes sociais, você tem um contato bastante direto com adolescentes. Esses desafios são para incentivar o estudo ou porque percebeu neles uma carência no ensino? Isso te preocupa?
Hugo: Quando alguém me chama de ídolo, percebo a responsabilidade que me foi dada. Com o tempo os fãs acabam sendo uma extensão. Quero fãs que me representem da melhor forma possível. É muito importante saber se comunicar bem e gostar de aprender.
 DDD- O que considera: que ainda tem 26 anos ou que já tem 26 anos? Pretende formar uma família? Se sim, isso ainda está em um futuro distante?
Hugo: Acho que "já" tenho. Essa relação com o "ainda", só existe quando a gente pensa numa idade que já foi. Quero muito uma família, cachorro, igual comercial de margarina. Mas não tenho pressa.
 DDD- Ainda no mesmo assunto, nesse seu contato direto e diário com adolescentes, o que não quer repetir na criação dos seus filhos? (Caso queira ter)
Hugo: Não faço a menor idéia pois não sei como meus filhos vão ser. Não posso prever métodos mas posso me manter disponível para conhecer e indicar o melhor caminho que puder.
 DDD- Alguma aproximação de fã já foi invasiva? E a mídia? Em algum momento teve problemas com notícias falsas levando o seu nome?
Hugo: Tenho tido muita sorte com as aproximações. São manifestações de carinho tão bonitas. Na estreia de Confissões, por exemplo, fui a um shopping da Barra com a Laís (Pinho, Micaela em Malhação) e se aglomeraram fãs pedindo fotos. Outros, sem que alguém pedisse, formaram um cordão de isolamento que permitia um a um entrar para tirar a sua foto. Todos saíram felizes! Minha gratidão por eles é tanta! Eles queriam foto como todos os outros, mas ao invés de pensarem na própria foto, tiveram preocupação e carinho reais comigo e com Laís.
 DDD- Você cita e recomenda frequentemente livros em seu Twitter, além de ter um ótimo desempenho em entrevistas e ter um português exemplar em seus tweets. Você escreve (crônicas, textos, poesias)? 
Hugo: Escrevo histórias todos os anos para os festivais da minha mãe no Paraná e publiquei muitas coisas na internet com pseudônimos. Gosto de saber o que pensam quando lêem, mas meu foco agora é na atuação.
 DDD- Você é seletivo com mulheres? Quais características chamam sua atenção?
Hugo: Cérebro, personalidade e caráter chamam a minha atenção. O resto, hoje em dia, já dá pra comprar.
 DDD- Há uma cena em que Martin diz a Meg que, mesmo namorando Anita por muitos anos, sempre a respeitou (no sentido sexual). Teria a mesma paciência de esperar alguém que amasse ou essa é uma parte considerada essencial num relacionamento?
Hugo: Acho que se a pessoa se predispõe a namorar alguém mais novo precisa respeitar o amadurecimento sexual. Tudo com consentimento, carinho, cuidado e tempo.
 DDD- Já li algumas entrevistas em que foi perguntado se você e Martin tem alguma semelhança no comportamento como homem. Farei diferente: qual personagem de Malhação tem o comportamento mais parecido com o seu, nesse sentido?
Hugo: O Ronaldo.
 DDD- Chegou a pensar em como seria cair no esquecimento? 
Hugo: Não. 
 DDD- Há quase dois anos atrás, declarou a uma revista que é ciumento, sensível e que gosta de cuidar. Qual foi o tempo máximo de um relacionamento seu e qual é o seu maior defeito numa relação? Em termos mais atuais: se considera mais uma pessoa "ficável" ou "namorável"?
Hugo: Acho esses termos muito confusos! Em ficar entendo que não há acordo de fidelidade; talvez seja essa a única diferença, já que sentimento sempre está envolvido na vida de um canceriano. Se colocar em tempo de duração fiquei muito mais do que namorei ao longo da vida. Um dos meus defeitos na relação é a incapacidade de planejar coisas triviais como um almoço, uma viagem e às vezes um "me liga mais tarde". 
 DDD- O comportamento evidencia a diferença de idade entre Martin e Micaela. Na vida real, a diferença entre você e a Laís é de 9 anos. Você se relacionaria com uma garota mais nova ou considera isso um problema?
Hugo: Claro.  
 DDD- Qual é sua maior missão como ser humano?
Hugo: Ser um pesquisador das relações humanas e poder ser capaz de falar sobre elas. Torço para que elas melhorem, ou se piorarem, que seja a oportunidade de novas coisas boas.
Um ser humano aprendendo a ser humano, e que para isso finge ser outros seres humanos às vezes, não tão humanos assim. 
 DDD- Quem é Hugo Bonemer quando não há câmeras, paparazzi e fora das redes sociais?
Hugo: Ainda descubro e te conto.
 DDD- Vou repetir uma pergunta que fiz ao Felipe Selau, seu colega de elenco: qual pergunta sempre teve vontade que lhe fizessem em uma entrevista?
Hugo: Se você pudesse perguntar apenas uma coisa para Deus, qual seria a pergunta?
 DDD- Agora, você tem a chance de respondê-la.
Hugo: Deus, qual a pergunta mais importante a ser respondida? Aquela pela qual eu deveria passar a vida buscando resposta com afinco com a certeza de que faria meus dias e dos que me cercam mais felizes?



Uma cor? Azul
Música preferida? Dream on - Aerosmith

Comida favorita? Paca assada

Uma pessoa? Papai.

Um lugar? Maringá.

Um livro? Freakonomics

Uma saudade? Saída do espetáculo Hair. Era muito emocionante.

Ator com quem gostaria de contracenar? Brian Penido Ross
Atriz com quem gostaria de fazer par romântico? Olivia Torres.
Família é? Estrutura.
Um sonho, ou melhor, o maior sonho? Voar: Em gravidade zero.
Um erro? qualquer tipo de guerra.
Que conselho o Hugo de hoje daria ao de 5 anos atrás? Faça igual. 

Como é estar longe de sua família? Dá mais saudade pros abraços serem mais apertados quando nos virmos.  


 Foi maravilhoso conversar com o Hugo! Espero repetir a dose. 
 



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 Trezentos e sessenta e cinco dias. O sonho de menina que se tornou real. Festa para celebrar a vida, a perspectiva que se tem dela. Pintei meu cabelo cinco vezes e decidi que nasci para ser ruiva (sabe-se lá até quando). Fui a um protesto e organizei outro. Protestei, gritei comigo mesma na frente do espelho e dei um basta em todos os rótulos. Tornei-me eu: alguém que só deseja ter tempo para ser e fazer tudo que sempre sonhou.
 Apaixonei-me e fui apaixonante. Deixei-me ter um beijo roubado. Roubei um coração e, o meu, permanece aqui comigo. Descobri na tinta da caneta o porto seguro para todos os segredos não revelados e para os sentimentos guardados. Enviei uma carta. Ouvi dizer que o que escrevo alivia outras almas aflitas.
 Reduzi-me a gente: sem nenhuma pretensão de ser perfeita ou bonita. Quero fazer jus ao meu nome e fazer feliz. Terminei o cursinho que me prendia às sextas e hoje reclamo do tédio nesse mesmo dia. Entrei para o curso que me fez descobrir quão delicioso é ser outras pessoas e entregar-se a elas; o quanto é legal ser boa em não ser eu.
  Fui a uma balada. Dancei como se ninguém estivesse enxergando o quanto sou desajeitada, mas queria ter dançado até amanhecer. Decidi me fazer de folha de papel: rabisquei a pele. Eternizei com agulha e tinta as coisas das quais quero lembrar até morrer.
 Engordei 8kg, passei a usar menos maquiagem e troquei o salto agulha por sapatilha. Meu coração se sente acolhido na simplicidade. Virei mãe de uma yorkshire que tem mil apelidos, que é um doce, um Mel. Aprendi a gostar de lambida na cara pela manhã.
 Li mais livros que em toda minha vida. Senti necessidade de ser lida e, por isso, estou aqui. Para ser descoberta, para ser ouvida e por amor. Tchau, quinze. Mais trezentos e sessenta e cinco, por favor.

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